psicopaologia geral

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Aspectos Psicopatológicos da Depressão na 3ª idade

As patologias depressivas são, provavelmente, as mais comuns dentro da população idosa (Paes de Sousa, 1979). Em relação ao diagnóstico diferencial de uma depressão num idoso, este torna-se algo difícil, em virtude de, nos idosos, as depressões tenderem a ser minimizadas ou mesmo ignoradas pelo pequeno impacto socioeconómico que produzem na comunidade, em virtude da faixa etária e do que estes têm ainda para oferecer em termos laborais e, por outro lado, em consequência das perturbações mentais tenderam a ser atribuídas totalmente ao factor idade e envelhecimento. Sintomas como a lentificação do pensamento e actos motores, algias, astenia, insónias, perda de peso, desânimo, pessimismo, excitabilidade ou labilidade de humor, podem ser atribuídos meramente ao ser idoso e não a possuir uma patologia depressiva, minimizando as queixas subjectivas dos idosos. As depressões que surgem mais frequentemente, pela primeira vez, em idosos, são as involutivas, as endógenas, as vitalizadas, as reactivas, as neuróticas, as de esgotamento e as pré-demenciais, sendo que a existência dos gerontes é por si só rica em acontecimentos potencialmente patogénicos e desencadeantes de depressões, tais como a perda de familiares e amigos, perda do estatuto sócio-profissional ou prestígio, maior isolamento social, mudança de casa e muitas vezes ingresso num lar, doenças físicas, incapacidades físicas, pobreza e abandono, etc. (Paes de Sousa, 1979). Assim, com o aumento de idade, nos indivíduos que já apresentem uma propensão para deprimir, os traumas psicológicos poderão precipitar essa situação. Inicialmente, são a ansiedade, a agitação e a tendência a ideias paranóides que caracterizam as depressões nas idades mais avançadas, sendo que o aumento das ideias delirantes de culpa, ruína, enfermidade e perseguição são também compreensíveis nesta faixa etária, se se considerar os factores psicossociais já descritos e a eminência da

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