Psicomotricidade

1. INTRODUÇÃO Quando o bebê chora - ou não - quando nasce, o essencial não é seu choro, mas a comunicação já precocemente estabelecida. Ao chorar, contorcer-se e fazer caretas o bebê mostra-se, ou seja, transmite-se ao mundo através da sua linguagem corporal, bem antes da conquista da palavra dar lugar à priorização da comunicação pela fala.
A esta comunicação, a este estar-no-mundo intenso dentro do limite da corporeidade - espaço próprio do sujeito -, pode-se denominar Psicomotricidade.
A Psicomotricidade é a capacidade psíquica de realizar movimentos. Porém, não se trata da realização do movimento propriamente dito, mas da atividade psíquica que transforma a imagem para a ação em estímulos para os procedimentos musculares adequados. É a capacidade de determinar e coordenar mentalmente os movimentos corporais. O desenvolvimento natural do cérebro do ser humano se dá na mais tenra infância, principalmente ainda bebê, por isso é tão importante o trabalho da Psicomotricidade nessa fase.
O desenvolvimento do bebê depende tanto do amadurecimento neurológico quanto da estimulação sócio-afetiva que o ambiente permitir. Sendo assim, o bebê tem muito a ganhar ou a perder, dependendo da estimulação que lhe é dada. Pais que permitem que a criança fique mais tempo no chão, incentivando-a com objetos interessantes, adequados a sua idade, favorecem um desenvolvimento e amadurecimento mais rápido e harmônico.
Vemos os recém-nascidos de hoje com um ritmo frenético em seu desenvolvimento motor e dizemos que as próximas gerações nascerão falando. E por quê? As faixas que amarravam os cordões umbilicais até cicatrizarem foram eliminadas, os cueiros, cobertores, mantas e toda a parafernália que envolvia os bebês e os deixavam sem movimento foram substituídos pelos macacões e fraldas descartáveis. Tudo isto permitiu uma maior movimentação e, por isso mesmo, ganho no amadurecimento neurológico e, consequentemente, motor.

2. O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR DOS