Psicologia

33764 palavras 136 páginas
CAPÍTULO VI

A

d o l e s c ê n c ia

INTRODUÇÃO
Tempos atrás, a adolescência não passava de uma sala de espera do mundo adulto. Com o desenvolvimento da socieda­ de, cada vez mais complexa, prolongou-se a duração da fase adolescente, que, até poucas décadas, quase coincidia com a puberdade (dos 11 aos 13 anos). Nas sociedades tribais primitivas, a passagem do mundo infantil para o adulto era muito breve e seguia normas rígidas. Seu início e seu fim eram claramente definidos por rituais. Em poucas semanas ou meses, o adolescente era instruído nas artes necessárias para obter alimento e defender seu povo; casava-se e assumia de modo pleno a condição de guerreiro, ou seja, de adulto. Hoje, a incorporação ao mundo do trabalho e a atribui­ ção das responsabilidades adultas costumam ser mais precoces no meio rural e nos níveis socioeconômicos mais baixos do que nos níveis mais altos e nas zonas urbanas desenvolvidas. Por­ tanto, a duração da fase adolescente varia não só com as épo­ cas, os países e as culturas, mas também dentro de uma mesma comunidade. A necessidade de maior capacitação e educação para que a pessoa possa inserir-se no mundo do trabalho com possibili­ dades de êxito leva a uma tendência da sociedade contemporâ­ nea de favorecer o prolongamento da adolescência ou de pelo menos alguns de seus aspectos. No caso da população juvenilestudantil, por exemplo, a extensão dos estudos universitários e a exigência posterior de estudos de pós-graduação, residências ou estágios dificultam a formação de uma nova família, aumen­ tam a dependência psicológica e econômica dos pais e não fa­ vorecem a aceitação plena do papel e da responsabilidade do

Capítulo VI

adulto. Diferentemente de sociedades precedentes, nas quais o fim da adolescência era claramente definido, vemos hoje uma passagem lenta e difusa para a maturidade. Se, do ponto de vis­ ta jurídico, o jovem é considerado apto — aos 16, 18 ou 21 anos — para casar-se, tirar carteira de motorista,

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