Psicologia

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Sua psicologia tem implicações conservadoras no caso. Assim, na História não há acontecimentos qualitativamente diferenciados. O líder na figura de pai e seus seguidores, enquanto filhos, tornam a luta política uma luta geracional. Na ambivalência, as mudanças sociais se tornam recorrências e as relações sociais só tem sentido pelas necessidades psicológicas que preenchem. A crítica social é desvalorizada, na medida em que é vista como manifestação da ambivalência geral das emoções. A desconfiança dos governados ante o poder não se dá por uma visão nacional de suas vitórias e fracassos, mas como expressão de sentimentos hostis. Freud vincula o fenômeno político aos delírios paranóicos, no exagero da importância de uma pessoa. Partir da participação libidinal é, para ele, decifrar a genética do poder. Totem e Tabu e Psicologia das Massas mantém uma visão liberal clássica: o indivíduo ante o Estado, sem ninguém como permeio, nenhum grupo intermediário. Para Freud, o governante tem verdadeiro poder mediante atribuição ilusória de seus partidários.

A imagem freudiana do pai, como modelo de autoridade, vincula-se diretamente à idéia, que, na sociedade ocidental, qualquer tipo de autoridade está submetido a pressões e crises. A atitude psicanalítica reforça o distanciamento à crítica do conceito de legitimidade, muito desenvolvida nas ciências sociais.

Para ele, a esfera política opera como extensão da esfera particular, a veneração exagerada do homem público é vista como recorrência da admiração do filho pelo pai. Quanto mais carente de atenção e afeto, nas relações pessoais, tanto mais tende a personalidade a “externalizar-se” à esfera pública; nessa procura de aceitação, amor e cumplicidade. Não é possível o fanatismo na política, quando o partidário reconhece no seu líder o deslocamento da imagem paterna, da mesma forma como o crente fraqueja quando analisa sua conduta religiosa com destino à ilusão. Freud realiza uma crítica da política na media a que vincula

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