psicologia

569 palavras 3 páginas
Anormalidade. É interessante perceber que por toda a história da humanidade sempre houve grupos ou pessoas que foram mais ou menos excluídos ou aceitos no convívio social, em nome de uma suposta harmonia e equilíbrio ou normalidade, por assim dizer, seja por qual for o motivo: doença, classe social etc. A natureza, no homem ou fora dele, é harmonia e equilíbrio. A perturbação desse equilíbrio, dessa harmonia, é o anormal, a doença, o desvio, a anormalidade. Assim, o anormal é a ausência de normalidade, é o que põe em risco o conhecido desde sempre e que perturba a ordem estabelecida. A perturbação, a doença, o transtorno mental, o diferente, isso é “anormalidade”. A doença não é somente desequilíbrio ou desarmonia, ela é também, e talvez, o esforço que a natureza exerce no homem para obter um novo equilíbrio. Com este pensamento, podemos dizer que o “anormal” é que uma nova forma de “normal”, ou seja, uma forma diferente de normalidade. Assim, ser portador de transtornos mentais pode ser outra forma de viver, ser diferente. Se a doença é uma reação generalizada com intenção de cura , a “loucura” é um modo de ver e viver a vida diferente dos “normais”. Além de tantos outros diferentes, estranhos e bizarros, a exemplo dos homossexuais e aleijados, o portador de transtornos mentais é classificado, por quem tem o poder de classificar quanto é reconhecido por si próprio. Assim, o comportamento desviante é atribuído, tanto pelo outro que se arroga “normal” quanto é reconhecido por grupos e indivíduos, de modo que essa classificação nada mais é do que um jogo de poder. A ideia de que reconhecer o outro como outro, como diferente, significa pensá-lo como inferior ou superior e consequentemente sua relação com ele. É interessante observar que é somente na relação que o homem percebe o outro. É na relação que, enquanto que se assemelham, os homens se diferenciam, porquanto a pluralidade humana

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