Psicologia
Teoria da separação e individuação (Mahler, 1975)
Conceitos básicos
Teoria do desenvolvimento do self ou do nascimento psicológico da criança.
Quando nasce, a criança não se consegue diferenciar do mundo exterior.
Aquisição e desenvolvimento de uma imagem mental estável de si e da mãe como seres separados. A imagem mental que tem de si, permite à criança sentir-se segura e ligada à mãe.
O papel da mãe (ou substituto), para além da protecção, é facilitar o acesso a uma autonomia
progressiva, à medida que se desenvolvem as funções motoras e sensoriais.
A individuação consolidada coincide com a fase final da permanência do objecto.
(Borges, 1987; Wittmer & Petersen, 2006)
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Estádios da separação e individuação
Estádio
Idade
Características
Fase autística normal
0-1 mês
Procura da homeostase fisiológica.
Incapacidade para diferenciar-se do mundo exterior.
Fase simbiótica normal
1-5 meses
A criança associa alívio e gratificação ao prestador de cuidados.
Início da ligação mãe-criança.
O interesse pelo mundo e o tempo de vigília aumentam.
Diferenciação
5-10 meses
Necessidade frequente de interagir com a mãe através da manifestação de necessidades únicas e individuais.
Início de processo de individuação.
Os estranhos são considerados ameaçadores porque a imagem da mãe não é permanente.
Angústia da separação.
Prática
10-16 meses
Capacidade para se afastar da mãe fisicamente, embora com frequentes reabastecimentos emocionais.
A criança ultrapassa a angústia da separação.
Aproximação
16-24 meses
Conflito entre a autonomia e o desejo de se envolver com a mãe.
Sentimento de omnipotência.
Consolidação e constância
24-36 meses
Imagem mental estável da mãe.
A criança tolera a ausência da mãe, aceitando substitutos.
Imagem de si e da mãe como seres separados.
(Borges, 1987; Wittmer & Petersen, 2006)
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