Psicologia

Livro: Doença Mental e psicologia (M. Foucault)

• Capitulo 3: A doença e a história individual
A história psicológica ignora a integração entre passado e presente nnuma unidade sem conflito, ela os situa um ao outro, colocando-os em uma distancia que nos faz perceber naturalmente tensão, conflito e contradição. Na história é o passado que se destaca do presente, confere-lhe um sentido inteligível e o torna inteligível; opondo-se à evolução onde o passado que promove o presente e o torna possível.
O devir psicológico é tanto historia quanto evolução, pode-se dizer que é os dois ao mesmo tempo.
Na psicologia analítica é sempre possível separar o que vem de uma psicologia da evolução e do que resulta de uma psicologia da historia individual.
Outra vertente da psicanalise é necessária para definir o que pode ser a doença mental quando se encara sob a perspectiva da historia individual, a doença exige um novo tipo de análise. Uma análise sobre a própria existência, para além das manifestações da doença, a compreensão fenomenológica a partir do interior da experiência, embora a doença mental resista a qualquer compreensão. O papel da fenomenologia da doença mental é compreender a consciência doente e a reconstrução de seu universo patológico.
• Capitulo 6: Loucura, estrutura Global.
Foucault afirma que usar o “todo da loucura” como termo na psicologia é um esforço vão, pois assim trataria apenas de uma parte do contexto.
As experiências de valorizações positivas e negativas, de aceitação ou exclusão, marcam o comportamento da sociedade. Em sentido geral, a loucura se encontra num nível de assentação dos fenômenos de cultura. Começa então a usar o termo “desrazão”; o diferente e o insano. Aí, as significações morais se engajam, as defesas atuam; as barreiras elevam-se e todos os rituais de exclusão se organizam.
Passa-se a perceber a loucura como doença, mas nada a compromete ainda que necessário a ser diagnosticado de doença mental. A contradição é visível