Psicologia

Tomando por fixação

“A falta de gratificação apropriada durante um dos estágios de desenvolvimento psicossexual, ou a duração exagerada de um desses estágios, acarretando casos em que a personalidade da pessoa refletirá tal estágio durante sua vida adulta.”

Sendo através de terapia ou não, a pergunta é:

Qual é a lógica por trás da resolução de uma fixação, já que o determinado estágio de desenvolvimento já passou, e obviamente os comportamentos da vida adulta que imitam tais fases não serão suficientes para solucionar a questão?

Como o passado é resolvido no presente?
A lógica:

Primeiro entende-se a situação através de algum processo de autoconhecimento, geralmente a terapia.

Descobre-se, então, padrões de pensamentos, crenças, estímulos envolvidos direta e indiretamente na manutenção do comportamento que se deseja mudar, gratificações resultantes, e as demais coisas envolvidas no processo que possam servir para compreender este.

A partir de então, estando-se ciente do mecanismo através do qual as coisas se manifestam, monitora-se, já dentro das situações (ou seja, enquanto elas estão acontecendo), o citado mecanismo e interrompe-se a continuação deste através da vontade, que se servirá da lógica descoberta anteriormente no processo de autoconhecimento. Em outras palavras:

“Descobri que atuo e penso de forma X, diante das situações Y. Os pensamentos e crenças envolvidos nessa forma X de ser são A e B. A forma X de agir é algo que quero mudar. Então, quando as situações Y acontecerem, vou estar ciente de A e B, não vou dar espaço para estes se desenrolarem, substituindo-os por C e D (que foram previamente determinados por mim como pensamentos e crenças mais funcionais), buscando não apenas impedir a forma X de acontecer, mas também buscando aprender uma nova forma Z de agir nas situações Y que sejam mais satisfatórias para mim".

Dessa forma, com o tempo e a prática, ocorre um condicionamento comportamental derivado de uma busca por