psicologia

662 palavras 3 páginas
Problematica da pesquisa

O verdadeiro e o falso na fotografia: uma discussão histórica

Muito se fala das tensões entre fotografia e manipulação, do limite entre o real e o falso. E a impressão que se tem é de que esses conflitos surgiram há pouco, ou estão mais evidentes hoje devido às possibilidades da computação. No entanto, debates que giram em torno do uso do Photoshop no âmbito da publicidade ou no fotojornalismo tem raízes bem mais antigas.No ensaio “Passagens da Fotografia”, o fotógrafo e pesquisador Antonio Fatorelli demonstra que essas tensões acompanham a fotografia desde seu nascimento. Para ele, duas tendências claras atravessam a história: enquanto os puristas sempre defendem a fotografia como forma de arte autônoma, relativa ao que existe na natureza, os pluralistas permanecem abertos às influências da pintura e de outras formas de expressão.
Um bom retrato dessa cisão está na rixa de dois cientistas e fotógrafos ainda do século XIX. Peter Henry Emerson divulgava a fotografia direta, espontânea, que buscasse revelar a mais verdadeira impressão da natureza. Atrás da perfeição, foi procurar no campo da fisiologia as respostas para entender os fenômenos visuais e as deficiências que impedem que o olho tenha uma percepção ideal. Seu opositor, Henry Peach Robinson, preferia usar procedimentos artificiais, como encenações em estúdios ou montagens obtidas no laboratório fotográfico – que alcançaram muito sucesso entre 1860 e 1880. Seu objetivo, no entanto, era aumentar a verossimilhança da imagem através do maior controle sobre seus elementos individualmente fotografados e depois unidos, chegando assim a um registro idealizado do tema que pautava cada foto. Coerentes com a realidade mas inexistentes na natureza como ela se apresenta, as obras de Robinson anunciaram uma certa flexibilização do olhar fotográfico e, na opinião de Fatorelli, anteciparam as encenações teatrais e instalações realizadas por artistas de hoje. O legado de Emerson, que

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