psicologia

981 palavras 4 páginas
O papel do observador humano
Tudo começou com uma diferença de cinco décimos de segundo nas observações feitas por dois astrônomos. No ano de 1795 o astrônomo real da Inglaterra, Nevil Maskelyne, percebeu que as observações feitas pelo seu assistente do tempo que uma estrela levava para passar de um ponto a outro sempre registravam um intervalo menor do que as suas. Maskelyne advertiu o homem por seus repetidos erros e o alertou que fosse mais cuidadoso. Ao se passar cinco meses, suas observações apresentavam uma diferença de oito décimos de segundo com a relação é do astrônomo real. Por este motivo o seu assistente que se chamava Kinnebrook foi demitido e caiu no esquecimento sem tomar conhecimento de que, realmente, não havia cometido erro algum.

O incidente de Kinnebrook foi ignorado por 20 anos, até o fenômeno tornar-se objeto de investigação do astrônomo alemão Friedrich Wilhelm Bessel (1784-1846), que interessado em estudar os erros de medição. Ele suspeitava que aqueles "erros" do assistente de Maskelyne deveriam ser atribuídos às diferenças individuais – distinções pessoais sobre as quais as próprias pessoas não têm controle. Assim, raciocinou Bessel, as diferenças podem ser encontradas entre os tempos observados por todos os astrônomos, fenômeno que passou a ser chamado de "equação pessoal". Bessel continuou investigando essa hipótese e constatou que estava correto. Mesmo entre vários astrônomos experientes, as divergências eram comuns.
Bessel chegou a duas conclusões com sua descoberta: (1) os astrônomos devem levar
Em consideração a natureza humana do observador, já que as características e as percepções pessoais necessariamente influenciam as observações; (2) se a astronomia deve levar em conta o papel do observador humano, certamente ele é importante também nas outras ciências que dependem dos métodos de observação.
Filósofos empiristas, como Locke e Berkeley, debateram a natureza subjetiva da percepção humana, usando como argumento a

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