PSICOLOGIA SÓCIO-HISTÓRICA - Resenha

FIGUEIREDO, Luis Cláudio Mendonça: Psicologia uma (nova) introdução; uma visão histórica da psicologia como ciência / Luis Cláudio Mendonça Figueiredo e Pedro Luiz Ribeiro Santi – 2. ed. - São Paulo: EDUC, 2003 98 p; 18 cm – (Série Trilhas). Em época recente surgiu o conceito de ciência, começando a ser elaborados os primeiros projetos de psicologia como ciência independente, pois só a partir da segunda metade do século XIX, surgiram homens que pretendiam reservar aos estudos psicológicos um território próprio, espaços conquistados nas instituições de ensino universitário e de pesquisa.Só então passou a existir a figura do psicólogo e passaram a ser criadas as instituições voltadas para a produção.

Os sistemas filosóficos da Antiguidade já incluíram noções e conceitos da Psicologia Científica (“comportamento”, “espírito”, “alma”). Já na Idade Moderna, físicos, anatomistas, médicos e fisiólogos tratavam de diversos aspectos do comportamento involuntário e voluntário, daqueles que mesmo aparente, revelarias um “espírito” por trás das ações humanas.A experiência da subjetividade privatizada - duas condições são necessárias para que exista um interesse em reconhecer cientificamente o “psicólogo”: Uma experiência muito clara da subjetividade privatizada e a experiência da crise dessa subjetividade.

Ter uma experiência da subjetividade bem nítida é para nós muito fácil e natural: todos sentem parte de suas experiências, é íntima, que mais ninguém tem acesso a ela. Ao lermos com atenção as obras de historiadores veremos que grandes irrupções da experiência subjetiva privatizada ocorrem em situações de crise social, quando a tradição cultural (valores, normas e costumes) é contestada e surgem novas formas de vida. A perda de referencias coletivas, construção de referencias internas. Surge um espaço para a experiência da subjetividade privatizada.

Conseqüências: reflexão moral e sentido de tragédia (conflito entre duas obrigações igualmente fortes).O