Psicologia Social

Segundo bloco: a crítica à dicotomia – uma nova Psicologia Social No período da década de 70, a Psicologia Social enfrentou algumas mudanças causadas pelas críticas de sua própria inserção na sociedade e às suas contribuições e compromissos. Nesse período, a Psicologia Social esteve associada a interesses de uma classe elitizada que produzia conhecimentos visando o aumento de lucros. Surge, então, uma nova preocupação: construir contribuições que fossem críticas e possibilitassem visibilidade das condições de exploração e desigualdades sociais. Diante de tais críticas, criaram-se novas concepções de Psicologia Social. Esse novo conceito de Psicologia Social admite a relação básica entre indivíduo-sociedade, porém, toma como objeto a dimensão subjetiva dos fenômenos sociais. Segundo essa nova perspectiva, o indivíduo age sobre o mundo, transformando-o, e ao fazer isso transforma a si mesmo. Os seres humanos escaparam das suas limitações biológicas e criaram um mundo de cultura; um mundo humanizado. Conquistaram novas habilidades e possibilidades de atuação, enriqueceram a sua capacidade de pensar e de criar.
Assim, os seres humanos e o mundo se transformam em um mesmo processo, caracterizado pela ação coletiva dos humanos sobre o mundo. Esse processo é também caracterizado pelas relações socais que mantêm os humanos unidos para a tarefa de transformação do mundo. Cabe lembrar que, os seres humanos conquistaram sua humanidade ao longo dos anos, por meio de sua relação com os demais seres humanos, isto é, através de suas interações sociais. As teorias desse bloco visam compreender exatamente a existência da subjetividade na vida social. E através dessa nova visão, pretendia-se compreender as questões sociais responsáveis pela produção de situações de exclusão, dominação e desigualdade vividas. Várias teorias podem ser encaixadas nesse bloco, uma delas é a contribuição da Psicologia Sócio-Histórica.
A Psicologia Sócio-Histórica na Psicologia Social