Psicologia Social como especialidade da Psicologia - Resenha

Psicologia Social como especialidade da Psicologia

Em 2003, através da resolução 05/03, o CFP reconheceu a Psicologia social como especialidade em Psicologia, para fins de concessão e registro do título de especialista. Este fato ensejou inúmeros questionamentos. O reconhecimento objetivava ampliar o campo profissional da Psicologia; contudo, as especializações delimitam e restringem o campo profissional. Alvo de inúmeros debates, o entendimento do que seria a Psicologia Social é bastante controverso. Há diferentes concepções no que relaciona ciência e profissão. Teoria e prática profissional não se restringem ao campo da Psicologia, tendo um espaço de interseção entre a Psicologia e a Sociologia. Sendo polêmico regular um campo interdisciplinar com limites indefinidos, portanto, a discussão entra em aspectos normativos e burocráticos da profissão, como também diz respeito a uma problematização da separação entre o que seria da ordem do social e da ordem do subjetivo. A profissão de Psicologia mesmo sendo nova se caracteriza, como qualquer outra, por uma assimetria de competências e aplicação de conhecimento abstrato a problemas particulares. O vínculo entre profissão e tarefas está ancorado por uma jurisdição que não é estável, podendo haver incorporação de novas tarefas e perdas de outras, como também o surgimento de novos conhecimentos e especialidades novas. Entretanto, como a Sociologia, a abordagem teórica da Psicologia padece de um conhecimento teórico e prático sistematizado e universalizado, fazendo com que o vínculo se enfraqueça. Criando assim uma disputa profissional de certas áreas, favorecendo algumas atuações e hierarquização de tarefas, assim como uma pressão pela especialização. No reconhecimento da Psicologia Social, a ABRAPSO tratou com ambigüidade os objetivos da entidade e sua finalidade não fazendo referência à especificidade da Psicologia Social se opondo ao seu reconhecimento, pois os argumentos do CFP constatam que não há uma