Psicologia Escolar

6817 palavras 28 páginas
Discutindo o conceito de promoção de saúde no trabalho do psicólogo que atua na educação

Neste artigo pretendo realizar algumas reflexões sobre o conceito saúde, no trabalho do psicólogo que atua na Educação. Tais discussões estão baseadas na pesquisa , por mim realizada1, junto a psicólogos que, na época estavam desenvolvendo seu trabalho na Educação, apontando esta atuação, para uma perspectiva da promoção de saúde que redimensiona o próprio conceito de saúde.
Esta nova dimensão implica na modificação das práticas atuais, as quais refletem uma conceituação de saúde restrita, caracterizada pela ausência de doença. Algumas das conseqüências advindas dessa conceituação foram os alarmantes diagnósticos sobre o fracasso escolar que delinearam uma patologização do fenômeno da aprendizagem no âmbito educacional. A Psicologia veio fornecer o respaldo de cientificidade para uma situação ideologicamente definida, isto é: um sistema que cria uma escola que exclui necessita de um profissional que explique a exclusão dessas pessoas.
Dentro desse contexto foi possível observar que, já há algum tempo, o papel do psicólogo que trabalha na Educação vem sofrendo profundas críticas, no que se refere à sua atuação marcadamente clínica, numa transposição linear e direta de um modelo que privilegia, na maioria das vezes as causas intrapsíquicas em detrimento das causas inter- psiquicas. Essas críticas tomaram corpo, principalmente na década de oitenta, quando começaram a surgir trabalhos que discutiram a atuação do psicólogo na Educação, tais como os de Machado et al. (1982), apontando as dificuldades do psicólogo em desenvolver o seu trabalho na escola; Andaló(1984) que também discutia a questão do papel do psicólogo escolar; Patto(1984), ao fazer uma relação entre Sociedade, Educação e Psicologia Escolar; e os trabalhos da década de noventa, como os de Grandella(1990) e Maluf(1992), já delineando os descompassos na atuação do psicólogo escolar.
Esse movimento de críticas

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