Psicologia do Esporte

Psicologia do Esporte: história, prática e avaliação psicológica

Bruna Cristina Moraes
Maria Eugênia Nora Rosa Reis 1. História da Psicologia do Esporte A Psicologia do Esporte, segundo Katia Rubio (1999), compõe um campo de estudos denominado Ciências do Esporte, composta por uma série de disciplinas, entre elas a antropologia, a sociologia e a medicina, evidenciando ter uma tendência e, principalmente, uma necessidade: a interdisciplinaridade. No que se refere à história da Psicologia do Esporte, a autora diz que já no final do século XIX é possível perceber um movimento de estudos e pesquisas relacionados às questões psicofisiológicas no esporte, porém que é só a partir da década de 1920 que as primeiras publicações diretamente relacionadas a psicologia do treinamento e a psicologia do atletismo aparecem, junto com o primeiro laboratório de pesquisa aplicada ao esporte, nos Estados Unidos (MACHADO, 1997 citado por RUBIO, 1999). Assim, é a partir da década de 1960 que a Psicologia do Esporte tem seu momento mais produtivo e alguns nomes importantes, como Cratty, Solvenko e Olvigie, entre outros, surgem e marcam a história da área com reforços voltados para a “psicologia na atividade física e esporte, culminando em várias publicações que influenciam trabalhos até os dias de hoje” (WIGGINS, 1984; WILLIANS ET AL, 1991 citado por RUBIO, 1999, p. 61). Apesar de a Psicologia do Esporte ainda estar muito ligada à atividade física e ao lazer, onde tem espaço na grade curricular dos cursos Educação Física, mantendo certo distanciamento da Psicologia enquanto “ciência mãe”, percebe-se que nos últimos anos o quadro vem evoluindo progressivamente. Ela tem-se transformado em uma área de atuação emergente que, “diante de uma demanda crescente, enfrenta grandes dificuldades para intervir adequadamente, já que os cursos de graduação em Psicologia ainda não formam nem qualificam o graduando para esta possibilidade prática” (RUBIO, 1999, p. 61). No Brasil, o