psicologia das massas

Referência Bibliográfica:
REICH, Wilhelm. Psicologia de massas do fascismo. São Paulo, Martins Fontes, 2001. Cap.1, p.3-30.

Em Psicologia de massas do fascismo, a teoria social e econômica de Marx teria inspirado o movimento alemão pela liberdade, que fora precedente a Hitler. Nesse sentido, o autor argumenta que para se compreender o fascismo se faz necessária a noção prévia de marxismo.
O fascismo consistiu na representação da reação econômica e política; e pelo fato de ter se transformado em um evento internacional, este se sobrepôs ao movimento socialista revolucionário em diversos países. Boa parte dos revolucionários teciam críticas aos marxistas afirmando que chamar atenção às necessidades materiais, - atividade que era presente na propaganda de política de massas marxista -, não era suficiente, haja vista que todos os partidos faziam o mesmo. Portanto, era preciso identificar a existência de uma omissão tanto na teoria socialista, quanto na propaganda, e que essa primeira teria sido a responsável pelos erros políticos. Os marxistas não consideram a estrutura do caráter das massas e o efeito social do misticismo na sua prática política.1
Desse modo, a base de massa do fascismo e a contradição de que ela era composta não foram levadas em consideração. Portanto, esse desprendimento de natureza fascista, essa falta de compreensão levou a derrota do marxismo em relação ao fascismo, uma vez que as críticas só têm por objetivo de mostrar as contradições da realidade social.
Contudo, o problema dessa falta de entendimento da raiz fascista residia na concepção de que a exploração do trabalho consistia em uma mercadoria, e que o capital estaria concentrado numa parcela minoritária, implicando, assim, em uma miséria progressiva para a humanidade, sendo preciso a “expropriação dos expropriadores”2
Entretanto, boa parte da população dos países industrializados vivia em uma grande miséria, mas nem por isso houve a expropriação dos expropriados, portanto, a