Psicologia Comunitária: Entre conceitos e dilemas
Para Bauman (2003), “ser em comunidade” é uma tarefa complicada, uma vez que está com constante conflito com a ideia de liberdade, pondo em discussão o ideário que atravessa o imaginário coletivo, o qual concebe a comunidade como um paraíso perdido, um lugar cálido e aconchegante onde estamos a salvo e protegidos. O autor apresenta a idéia de um paradoxo sitiado no espectro da comunidade, a saber: para que a comunidade exista com segurança, é necessário que os indivíduos abram mão da liberdade, que por sua vez, só pode ser ampliada às custas da segurança. Isso provoca na vida um conflito eterno e é palco de infindável questionamentos para os intelectuais, pois “a segurança sacrificada em nome da liberdade tende a ser a segurança dos outros; e a liberdade sacrificada em nome da segurança tende a ser a liberdade dos outros” (p. 24). Dessa forma, ao passo que a comunidade oferece segurança, priva o indivíduo de liberdade
Bauman (2003), faz uma análise acerca da condição de homem que se forjou ao longo das experiências adquiridas e contextos sócio-históricos. Demarca a Modernidade como o período da história em que se