_PSICOGENÉTICA

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A PSICOGENÉTICA DE WALLON E A EDUCAÇÃO INFANTIL

ANA BEATRIZ CERISARA 1 Este artigo pretende apresentar alguns aspectos que evidenciem a necessidade e validade de um estudo aprofundado da psicogenética walloniana e de suas relações com a educação infantil, além de refletir sobre uma possível metodologia a ser utilizada para enfrentar este estudo. Começo com uma introdução em que procuro situar os impasses teóricos e práticos que vinha sentindo como formadora de professoras de educação infantil e que me levaram a buscar a teoria psicogenética. Em seguida, na primeira parte apresento uma breve síntese dos princípios epistemológicos que sustentam a teoria walloniana; na segunda parte, o tema emoção é analisado na trama das relações que o autor estabelece com os demais grandes temas: movimento, inteligência, pessoa e pedagogia. E por último, apresento alguns aspectos relativos às decorrências que, do meu ponto de vista, a teoria psicogenética da pessoa pode trazer para os educadores em geral, mais especificamente para aqueles que trabalham com crianças de 0 a 6 anos.

INTRODUÇÃO: O que me levou a realizar estudos sobre a teoria psicogenética de Wallon foi decorrência dos impasses teórico-metodológicos que vinha enfrentando em meu trabalho como formadora de professores para educação infantil junto à Universidade Federeal de Santa Catarina. Após alguns anos utilizando a teoria psicogética da inteligência de Piaget como suporte psicológico para a prática pedagógica de minhas alunas, junto à crianças de 0 a 6 anos que frequentavam creches e pré-escolas, fui cada vez mais sentindo que este referencial teórico entrava em choque com os pressupostos epistemológicos que sustentavam a minha postura como educadora, que entendia a construção do indivíduo e da realidade social como complementares de um processo dialético de

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