PSICODRAMA

Resumo do capitulo introdutório do livro “Psicodrama” de J. L. Moreno.
O psicodrama surge como sendo uma das antíteses da psicanálise em 1914. No inicio a psicoterapia de grupo era unicamente ‘’’in situ, isto é, acontecia no seio da família, da fabrica, etc. assim, o elemento psicomotor do organismo permanecia sem investigação, e quando aconteceu a passagem para o meio sintético (por exemplo: da família para a clínica) foi necessário uma reestruturação para que se pudessem produzir as relações que se davam na vida cotidiana. Isso acaba por gerar certa vantagem, já que a terapia fica forçada a penetrar em todas as dimensões da existência fazendo com que o paciente tenha a possibilidade de lidar profundamente com estes pontos de sua existência. É ai que se tem a passagem da psicoterapia de grupo para psicodrama.
Segundo Moreno, o Eu consiste não cria papeis que serão desempenhados “o desempenho de papeis é anterior ao surgimento do eu; é o eu quem, todavia, emerge dos papeis”. O Eu seria, então, a consolidação e unificação de papeis de dimensões psicossomáticas (dimensão fisiológica), social, e psicodramática (expressão da dimensão psicológica do eu). E os papeis tem a função de “penetrar no inconsciente, desde o mundo social para dar-lhe forma e ordem”. Por estarmos imersos num mundo de relações intrapessoais que proporciona o surgimento de relações, todo individuo vê-se em uma variada gama de papeis e vê os outros que o cercam numa variada gama de contra papéis
O psicodrama foi introduzido nos Estados Unidos em 1925, e o foco do psicodrama é centrado no Protagonista (paciente), que apresenta um problema e seus egos auxiliares (que são atores que representam pessoas que estão ausentes ali, mas que fazem parte de mundo do paciente) o ajudam a reviver esse problema e enfrenta-lo. Pode haver, por parte do protagonista, certa resistência à participação na produção, e o terapeuta dispõe de algumas técnicas para superá-la, como a “técnica do solilóquio do duplo”,