Psicanálise filme "Culpa e Reparação"

5.Conclusão A Jovem Briony, tenta por vezes extrair atenção de Rubbie, cujos desejos amorosos eram voltados para Cecília, em seus caprichos de menina imaginativa e persuasiva, a história contada revela e ilustra um canto ao mesmo tempo escuro e familiar, um mecanismo psíquico que governa nossa vida muito além do que a gente pensa, menina dotada de uma certa predisposição artística e inspirada por uma paixão amorosa e pelo ciúme inconfessável que essa paixão produz, faz uma sacanagem que estraga radicalmente a vida da irmã assim como a do jovem que ama essa irmã e é amado por ela, No desejo sexual, em geral dilaceramos o outro desejado. Por exemplo, o desejo, sempre um pouco fetichista, prefere os pedaços: o decote, a voz, um olhar, a perna cortada pela cinta-liga, a queda dos rins, a forma dos lábios e por aí vai. Quando amamos a quem desejamos, o amor nos ajuda a reparar os efeitos do estilo carniceiro do nosso desejo: idealizamos o amado e a amada para que a beleza que neles enxergamos os preserve de nossa própria crueldade, porém nunca paramos de oscilar entre a vontade de despedaçar o outro e a vontade de reparar os estragos. A jovem Brioni, provida de um forte sentimento de onipotência, característica sua revelada nas cenas onde organizava a implementação de uma peça teatral, “As provações de Ana Bela”, de sua criação e a tentativa de manter controle de seu elenco por ela alavancado, uma das defesas primitivas contra a inveja, além da negação e a cisão. Deixa-nos entender que a jovem não teve uma cisão normal entre os objetos bons e maus, esse fracasso ligado à inveja excesso resulta frequentemente em cisão entre um objeto originário onipotente idealizado e um objeto originário muito mau. Sua mãe é distante, fria, sempre indisposta, com dores de cabeça. Mesmo com a vinda do filho que mora longe e há tempos não ia para casa, essa mãe não levanta da cama para recebê-lo, e no jantar não se mostra feliz. Diante disso, podemos supor que a