psicanalise

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Em 29-12-2011 - Crazy about Interiors
Sigmund Freud, o pai da psicanálise, além de revolucionário em seu campo, era dotado de extremo bom gosto!
Os pacientes que chegavam ao seu consultório eram deparados com raras peças de antigüidade e um divã fora do comum: colcha e almofadas étnicas e um tapete persa ao fundo faziam qualquer um relaxar e abrir a mente…
Freud chegou em Londres como um refugiado dos nazistas. Obras suas e de seus colegas psicanalistas foram publicamente queimadas em 1933 na Alemanha. Freud recusava-se a sair, mas depois que a Áustria fora anexada pela Alemanha em 1938, partiram de Viena para uma casa alugada no número 39 da Elsworthy Road. Enquanto isto o seu ambiente de trabalho era recriado por Ernst, seu filho arquiteto, exatamente como tinha sido em Viena.

As circunstâncias impediram Freud de trazer todos os seus livros, mas a biblioteca de Maresfield Gardens contém uma primorosa seleção e abrange assuntos como arte, literatura, arqueologia, filosofia e história e claro, psicologia, medicina e psicanálise. Na prateleira atrás da escrivaninha estão alguns dos seus autores prediletos: Goethe e Shakespeare e também Flaubert, Heine e Anatole France.
Em seu escritório, um inesperado divã analítico, onde os pacientes se comprometiam com a “cura pela fala”, e Freud, fora do alcance deles em sua poltrona verde, escutava suas “livres associações”. Eles deveriam falar tudo que lhes viesse à mente, sem peneirar ou selecionar, conscientemente, as informações. Este método tornou-se o alicerce sobre o qual a psicanálise foi construída.

O gabinete é repleto de preciosidades – obras de arte gregas, romanas, egípcias e orientais. Freud visitou alguns sítios arqueológicos mas a maioria das peças foram adquiridas na mão de comerciantes em Viena. Dizia que a paixão por colecionar