Psicanalise e educação

1190 palavras 5 páginas
A existência de métodos inconscientes na prática pedagógica

Antes de Freud, o inconsciente designava tudo aquilo que não era consciente. Segundo Speller (2004 p. 16), com as investigações de Freud o conceito de inconsciente ganha o sentido daquilo que escapa e falha aos humanos, seres de linguagem, rompendo, e maneira incompreensível e surpreendente, o curso lógico do pensamento e dos comportamentos cotidianos. São os lapsos, os atos falhos, os sonhos, os esquecimentos e, de modo mais geral, os sintomas repetitivos cuja significação, cheia de paradoxos, só se descobre na clínica. O inconsciente não é um lugar ou uma coisa. Dizer que uma representação psíquica é inconsciente é dizer que está regida por leis distintas das representações conscientes. Dizer que uma representação é inconsciente ou que está no inconsciente não significa outra coisa senão que ela está submetida a uma sintaxe diferente daquela que caracteriza a consciência.
O inconsciente é uma forma e não um lugar ou uma coisa. O que define o inconsciente não são os seus conteúdos, mas o modo segundo o qual ele opera, impondo a esses conteúdos uma determinada forma. A noção de inconsciente revelou que os processos e conflitos psíquicos inconscientes que nos escapam, que desconhecemos, que determinam o que somos, o que fazemos, o que pensamos e como vemos a nós e aos demais, estão presentes em nós e nos outros, interferindo em tudo que eles e nós fazemos, inclusive permitimo-nos afirmar como educadores, no processo ensino-aprendizagem.
Além dos aspectos metodológicos conscientes há na prática pedagógica elementos de outra ordem, como afirma Almeida:

Interroga-se, então, e coloca-se em discussão: porventura, no ato educativo, além a transmissão de conhecimentos metodologicamente propostos, não ocorre uma transmissão de uma outra ordem, que escapa ao controle e alcança professor e aluno, da ordem do sujeito inconsciente? Um espaço de transmissão sim, mas que não pode ser controlado, mensurado e

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