Pseudónimo de miguel torga

1153 palavras 5 páginas
A origem do pseudónimo

Em 1934, aos 27 anos, Adolfo Correia Rocha cria o pseudónimo "Miguel" e "Torga". Miguel, em homenagem a dois grandes vultos da cultura ibérica: Miguel de Cervantes e Miguel de Unamuno. Já Torga é uma planta brava da montanha, que deita raízes fortes sob a aridez da rocha, de flor branca, arroxeada ou cor de vinho, com um caule incrivelmente rectilíneo.

A obra de Torga tem um carácter humanista: criado nas serras transmontanas, entre os trabalhadores rurais, assistindo aos ciclos da natureza, Torga aprendeu o valor de cada homem, como criador e propagador da vida e da natureza: sem o homem, não haveria searas, não haveria vinhas, não haveria toda a paisagem duriense, obra magnífica de muitas gerações de trabalho humano. Ora, estes homens e as suas obras levam Torga a revoltar-se contra a Divindade Transcendente a favor da imanência: para ele, só a humanidade seria digna de louvores, de cânticos, de admiração.
Para Miguel Torga, nenhum deus é digno de louvor: na sua condição omnisciente(Que sabe tudo) é-lhe muito fácil ser virtuoso, e enquanto ser sobrenatural não se lhe opõe qualquer dificuldade para fazer a natureza - mas o homem, limitado, finito, condicionado, exposto à doença, à miséria, à desgraça e à morte é também capaz de criar, e é sobretudo capaz de se impor à natureza. E é essa capacidade de moldar o meio, de verdadeiramente fazer a natureza, apesar de todas as limitações de bicho, de ser humano mortal que, ao ver de Torga, fazem do homem único ser digno de adoração.
"Bichos" combina a requintada escrita de Torga, tornando cada animal apresentado numa pessoa.
Cada uma das histórias tem como personagem principal um animal, em luta com os elementos da natureza, Deus ou o Homem.
Resumo«Os Bichos» – Miguel Torga Um livro de contos, cada um dos quais referindo seres diferentes do reino animal. Nesses contos, Torga apresenta indiferenciadamente homens e animais, unidos pelos mesmos instintos primários de sobrevivência,

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