Pré-sal

Pré-Sal – Bom ou ruim para o Brasil?
A descoberta das reservas de petróleo na camada pré-sal muda o papel do Brasil na política mundial acerca do seu efeito econômico. Embora seu processo de extração tenha um custo bem elevado, ainda assim, sua exploração é considerada economicamente boa e as estimativas apontam que o país pode se tornar um dos maiores produtores de petróleo do mundo, atrás somente da Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait e Emirados Árabes. Porém, esse recurso natural tem desencadeado uma série de discussões a respeito de ser algo positivo ou não para o povo brasileiro. Muitos especialistas afirmam que isso vai depender de como a renda petrolífera será utilizada, pois poucos países conseguiram transformar o petróleo em riquezas para o povo, sendo que na maioria dos casos enriqueceu apenas uma pequena elite ligada às grandes companhias petrolíferas. Esse recurso pode, sim, fortalecer nossa macroeconomia, beneficiar nossa indústria nacional, assim como o terceiro setor e a população em geral, através de uma política mais contundente de distribuição de renda, acompanhada de uma política cambial que proteja nossa economia dos efeitos colaterais da sobrevalorização do câmbio. Mas se esta renda não for bem distribuída, apenas fará com que o PIB tenha um crescimento, o que não significa necessariamente desenvolvimento. O pré-sal só será bom para o Brasil se parte da renda for revertida para o desenvolvimento tecnológico, em geração de emprego e renda mais diversificada, descentralizada e sustentável, meios produtivos e infraestrutura de energia limpa, ou seja, utilizar essa renda para substituir a própria dependência do petróleo, com uma economia mais rica e menos desigual, distribuindo e fortalecendo a cidadania. Se o dinheiro do pré-sal for bem usado, trará vantagens financeiras para serem realizadas grandes obras tais como rodovias, ferrovias e hidrelétricas, sem a necessidade de empréstimos estrangeiros, a queda no preço da gasolina, evolução