Pré-história da antropologia, contextualização da antropologia e cultura (resulmos)

A PRÉ-HISTÓRIA DA ANTROPOLOGIA (Memória de nº1)

A grande discussão desenvolveu-se em torno da gênese da reflexão antropológica, evento este que coincide com o período das grandes navegações e “descoberta” de novos continentes e seus habitantes. Colonizados pelos povos europeus, a questão é: como ver o “selvagem” sob uma ótica social, religiosa e cultural? Aqui a Dra. Vergner faz uma ressalva quanto ao preconceito que predominou até o final da era Moderna, quando a maioria dos estudos históricos e antropológicos da América, Oceania, Extremo Oriente Asiático e África Subsaariana remontavam o início histórico de seus povos a partir da chegada dos europeus e a colonização empreendida pelos mesmos. Ora, aqueles povos já residiam nestas terras séculos antes da colonização europeia; é seguro dizer que gerações inteiras foram passadas, tribos diversas relacionaram-se pacifica ou litigiosamente e várias revoluções culturais e sociais efetuaram-se neste meio tempo, por que então deter-se à um estudo histórico destas sociedades a partir da colonização europeia? Não seria muita prepotência dos que assim o fazem, tendenciando a história exclusivamente sob um víeis europeu?
As grandes navegações foram responsáveis pela descoberta de novos territórios, e junto desses territórios foram encontrados também novos povos. Acerca dos novos povos foram abordado vários questionamentos, como: esses selvagens pertencem a humanidade? Eles possuem alma? O pecado original também lhes diz respeito? A partir dessas perguntas surgiu então duas ideologias totalmente contrarias uma da outra, e debate que de um lado está Las Casas e do outro Sepúlvera.
Las Casa era um missionário dominicano e bispo de Chiapas, ele defedia os povos selvagens, dizendo que os mesmos possuíam vilas, reis, senhores e uma ordem política muito mais organizada que muitos reinos que consideram civilizados, já Sepúlvera dizia que os povos selvagens não passavam de bárbaros e que nada mais justo de que essas pessoas