Protocolo de cirurgia segura

INTRODUÇÃO O número de procedimentos cirúrgicos realizados em todo o mundo anualmente é cerca de 230 milhões de intervenções, sendo que a taxa global de mortalidade hospitalar é de 0,4 a 0,8% e o risco de complicações importantes entre 3 a 17%. Dez em cada cem internamentos hospitalares complicam-se por qualquer erro, contudo, cerca de 48% de todos os eventos adversos estão relacionados com a cirurgia e a anestesiologia, ocorrendo em blocos operatórios e afetando 2% de todos os internamentos hospitalares.
O ambiente do bloco operatório é propenso à ocorrência de acidentes: ambiente de stress excessivo, ocorrências inesperadas, dificuldade técnica, falhas em equipamentos. Fatores humanos e da equipe, fatores organizacionais, complexidade das tarefas, influências do ambiente e puro acaso.
Em termos reais, uma equipe cirúrgica é definida por um grupo de pessoas altamente treinadas, que se reúnem para realizar uma tarefa específica potencialmente arriscada, a qual requer um nível máximo de interação e responsabilidade.
“A busca pela segurança.… está relacionada a tornar o sistema tão sólido quanto praticável frente às ameaças humanas e operacionais” escreveu James Reason, um dos pioneiros sobre a avaliação do erro humano.
Sendo assim as complicações cirúrgicas respondem por uma grande proporção das mortes e injúrias médicas que podem ser prevenidas em todo o mundo, e a segurança cirúrgica emergiu como uma preocupação significativa na saúde mundial, a fim de garantir a qualidade da assistência prestada.

1. Finalidade
Garantir a segurança da assistência cirúrgica por meio da definição de um conjunto central de padrões de segurança que possam ser aplicados em todos os procedimentos cirúrgicos para o benefício do paciente.
Determinar medidas a serem implantadas para redução e ocorrência de incidentes e eventos adversos e mortalidade cirúrgica, despertando a consciência profissional e o comprometimento para uma melhor segurança na assistência ao