Proposta Lagoa Santa
Departamento de Biologia Geral
Instituto de Ciências Biológicas
Universidade Federal de Minas Gerais
Melhoria da Qualidade de Água da Lagoa Central e Implantação de um Centro Tecnológico em Limnologia Aplicada no Município de Lagoa Santa
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Parceria com Instituto Cidades – FHIDRO IGAM
Prof. Dr. Ricardo M. Pinto Coelho
Belo Horizonte
Janeiro de 2008
Introdução
Lagoa Santa faz parte de um dos principais sistemas lacustres do Brasil: o sistema de lagos na região calcárea, “Karst”, localizada ao norte na região metropolitana de Belo Horizonte. Essa importância decorre não somente das características limno-ecológicas desses ambientes lacustres, mas também dada a sua íntima associação com importantes formações geológicas, ocorrências paleontológicas de vulto, comunidades e biótopos vegetais do entorno hoje muito ameaçados pela ação do homem. Devem-se ainda considerar os inúmeros aspectos histórico-culturais da região além de sua grande beleza cênica.
Originalmente, sabe-se que a lagoa central da cidade de Lagoa Santa era um ecossistema muito rico em diversidade da vida aquática. Eram famosas as suas populações de macrófitas submersas (characeas), a alta riqueza de seu fitoplâncton caracterizado por uma elevadíssima riqueza de desmidiáceas. Um amplo cordão de ciperáceas formava um biótopo litorâneo de rara beleza cênica. Todas essas características ecológicas possibilitavam ao corpo de água exibir características excepcionais de qualidade de água tais como uma elevada transparência e baixos índices de nutrientes essenciais. A elevada transparência permitia que a luz chegasse ao fundo do lago. Assim, o fechamento desse “ciclo virtuoso” entre ótima qualidade de água e alta diversidade ecológica e biológica conferia, de fato, características ecológicas excepcionais ao lago.
Infelizmente o “ciclo virtuoso” entre qualidade de água e diversidade