Promoção de saúde bucal
Histórica e culturalmente, a Odontologia é uma profissão tida como elitista, tecnicista, de alto custo e focada apenas no dente; mas, nos últimos anos, percebemos mudanças que levam a profissão a se voltar mais para o social e o coletivo, investindo na promoção integral da saúde.
Esse enfoque ganha nova abrangência quando nos voltamos à saúde do trabalhador. No mundo globalizado, não se pode enxergar a produção apenas pelo viés econômico, mas por todo um conjunto de ações envolvidas.
A importância da saúde do trabalhador em sua integralidade levou, em 2002, o Conselho Federal de Odontologia (CFO) a entender que a profissão não poderia estar distante das questões de saúde que afetam a população trabalhadora e regulamentou a Especialidade Odontologia do Trabalho.
Essa iniciativa foi fundamental, pois, a realidade mostra que os problemas bucais frequentemente, provocam desconforto físico e emocional, além de causar prejuízos à saúde geral, diminuindo a produtividade dos empregados nas suas funções, possibilitando acidentes de trabalho pela falta de concentração e automedicação, além de contribuir para o absenteísmo.
A boca é o orgão mais central na vida do ser humano, pois é através dela que se dá a subsistência, o prazer, a comunicação e expressão das emoções e das tensões do cotidiano do indivíduo.
O que muitos não sabem é que várias doenças sistêmicas têm sua primeira manifestação na boca, e que isso seria facilmente diagnosticado em exames odontológicos admissionais e periódicos obrigatórios, complementares aos exames de saúde realizados pela área médica.
A Odontologia do Trabalho tem por elemento o estudo dos riscos à saúde do complexo buco-maxilo-facial decorrentes da prática do trabalho, bem como as implicações das doenças e condições odontológicas nas questões laborais. Sua prática está voltada ainda, para identificação epidemiológica, catalogação ou prevenção das doenças, saindo de um modelo