Progressão continuada

A ideia de que a educação foi defasada pela progressão continuada, é uma mera desculpa para dizer que o sistema que sempre formou analfabetos, defasou-se após a implantação desse sistema. O sistema por séries não fica fora desse dado, que em 2000, no país haviam 10 milhões de analfabetos com idade entre 10 e 50 anos.
Um conceito importante, às vezes esquecido é de que a educação escolar não é só ensinar, mas preparar o indivíduo para a vida, assim formá-lo como cidadão e integrá-lo a sociedade.
A implantação da progressão continuada foi feita de um modo irresponsável, sem proporcionar: estrutura para os alunos e professores; escolas preparadas para proporcionar atividades e calendário programado para que haja o interesse dos alunos. No entanto, no modo como foi feito, serviu apenas para cobrir estatísticas negativas contra gestores do sistema.
O conceito de progressão continuada tem ótimas respostas, quando executado corretamente, onde alunos com dificuldades apesar de avançarem no ciclo, terão um acompanhamento no ano seguinte, de uma forma que não atrapalhe seus colegas, em uma de sala de aula com menos alunos a fim de que não sobrecarregue os professores, atuando junto de uma avaliação contínua, que expõe melhor o aprendizado do aluno e uma recuperação paralela, que junto da avaliação contínua estabelece um conjunto muito fortalecedor a educação do aluno.
Um dos fatores que evidenciam a má implantação no sistema escolar pelos gestores é o gasto mínimo por aluno na rede estadual, que beira os R$ 80,00. Onde um jovem da Febem dá um gasto de R$1400,00 para o estado, o mesmo jovem que esteve na escola e desta evadiu por alguma razão.
A progressão continuada nunca foi responsável pela degradação do sistema educacional, ela apenas evidenciou a fragilidade do próprio.
A organização dos trabalhos em ciclos, que tem fundamento pedagógico consistente, é um forte aliado na melhoria da qualidade de ensino, desde que assumida pelos educadores e a sociedade, vindo com