Professora
A palavra DISLEXIA provém do grego dyslexis, que significa “mau tratamento das palavras”.
É considerada uma perturbação da linguagem que é manifestada pela dificuldade de aprendizagem da leitura e escrita, em consequência de atrasos de maturação, que afectam o estabelecimento de relações espácio-temporais, a área motora, a capacidade de discriminação perceptivo-visual, os processos simbólicos, a atenção e a capacidade numérica e/ou a competência social e pessoal.
Em 1968, a Federação Mundial de Neurologia entende a dislexia como:
"Uma desordem, que se manifesta pela dificuldade de aprender a ler, apesar da instrução ser convencional, a inteligência normal, e das oportunidades socioculturais. Depende de distúrbios cognitivos fundamentais que são, frequentemente de origem constitucional."
Em 2003 a Associação Internacional da Dislexia adoptou a seguinte definição:
“Dislexia é uma incapacidade específica de aprendizagem, de origem neurobiológica e é caracterizada por dificuldades na correcção e /ou fluência na leitura de palavras e por baixa competência leitora e ortográfica. Secundariamente, podem surgir dificuldades na compreensão de leitura, pouca apetência para a leitura recreativa, impedindo o desenvolvimento do vocabulário e dos conhecimentos gerais.”
E a APEDYS de França considera que:
"A Dislexia é uma dificuldade duradoura de aprendizagem da leitura e aquisição do seu automatismo, junto de crianças inteligentes, escolarizadas, sem quaisquer perturbações sensoriais e psíquicas já existentes.”
Em resumo podemos afirmar que grande parte dos autores é unânime quanto ao facto da dislexia englobar uma dificuldade na leitura e consequentemente dificuldades de distinção ou memorização de letras/grupos de letras e problemas de ordenação, ritmo, compreensão e de estruturação das frases, afectando tanto a leitura como a escrita.
Esta perturbação surge em indivíduos com inteligência normal ou até superior, sem problemas