Professor

A Constituição brasileira curta e direta ao afirmar que a educação é um direito de todo cidadão. Garantido desde 1988 em seu “Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. O pais só passou a garantir esse direito gradativamente após a década de 90, processo de ajuste do sistema educativo. Todavia, esse reconhecimento e esse empreendimento, especialmente após a promulgação da LDB 9.394/96, iniciativa que seguiu uma lógica economicista, cujo projeto educativo tem por objetivo adequar a educação escolar às novas demandas e exigências do mercado. Nesse sentido, a educação no Brasil assume a perspectiva de mercadoria ou serviço que se compra, e não de um direito universal, o que a leva a tornar-se competitiva, fragmentada, dualizada e seletiva social e culturalmente. Esse direito é garantido, mas não é cumprido, está longe da qualidade, já que inclui e ao mesmo tempo exclui, ou seja, inclui o aluno mas não dar condições de uma educação de qualidade acaba excluindo os incluídos. Quando não falta escola, falta professores capacitados; quando não falta professores, falta merenda; quando não falta merenda, falta o transporte escolar; quando tem isso... falta aquilo. A educação não é prioridade no Brasil, que prefere a copa FIFA, Olimpíadas, entra para o conselho de Segurança da ONU. Mas como fazer isso com com uma alta taxa de analfabetismo. A garantia do direito a educação é fundamental para a consolidação da cidadania de milhões de brasileiros a procura de dignidade e respeito que lhes permita acesso e possibilidade de permanência numa escola inclusiva que ofereça educação com qualidade social.