PROCESSO ARTÍSTICO - 4 - A CRIAÇÃO - GUILHERME AQUINO

3 - A CRIAÇÃO
Ao contrário do adereço cênico, no teatro de animação o valor simbólico está no objeto, pois ele é o personagem, é ele que deve sobressair e não o ator, afinal ele é o centro a ação. Pois, mesmo contracenando com um boneco, a evidência deve ser a vida do objeto-personagem. Cruz (2006) apud Balardim (2004) reforça as particularidades existentes apenas no teatro de bonecos, pois este:
(...)estabelece algumas das possibilidades de expressão específicas do teatro de animação. Para ele, os objetos-personagem podem realizar ações impossíveis e transgredir leis da física e proporções construindo um discurso específico. Eles podem, através de sua função simbólica, valorizar a mais do que são: assim o fato de um objeto ser reconhecido como tal e simultaneamente como personagem favorece a aceitação e identificação com o público. (Cruz, 2006; p. 28)

Outro ponto importante para a construção do boneco são os materiais, em cada parte do mundo os bonecos sofrem as influencias dos materiais disponíveis. Alguns materiais já se tornaram tradicionais, mas a busca de novas possibilidades principalmente que atendam as realidades regionais abre o campo para novas experiências plásticas estéticas, capaz de influencias a visualidade da cena de formas animadas. A experimentação de materiais naturais para a construção de bonecos com o intuito de verificar as possibilidades de criação através do uso destes materiais de acordo com as necessidades precisas, valoriza a utilização destes recursos regionais dentro deste mercado de construção. Muitos artistas e grupos no Brasil como o Giramundo em alguns trabalhos vêm fazendo estas experiências. Alguns a assumem como característica para todo um trabalho artístico.

Figura 13 - “Casal de Bailarinos de Cerâmica” dançando na festança.
Bonecos do espetáculo Cobra Norato – Giramundo.
Fonte: http://www.giramundo.org/
Acesso em 18/11/11
Para a confecção dos bonecos apresentados anteriormente, foi tomado como referência,