Problematização bioética envolvida no doping genético

PROBLEMATIZAÇÃO BIOÉTICA ENVOLVIDA NO DOPING GENÉTICO.

Cristiane GUILLANDE1
Karin Kristina PEREIRA2

RESUMO
Diante da luta desenfreada contra o doping, principalmente na elaboração de metodologias para detecção de novas substâncias ou métodos não naturais, que surgem à todo momento, com a finalidade de aumentar o desempenho do atleta; este trabalho procura refletir sobre os argumentos que norteiam sobre uma nova modalidade de doping, o doping genético. A pesquisa foi realizada a partir de bases de dados eletrônicos como o Scielo, Lilacs e Google Acadêmico utilizando os descritores: doping, doping genético, terapia gênica, engenharia genética, bioética e ética no esporte. Ainda não há relatos comprovando o Doping Genético, mas já se sabe que com a utilização da engenharia genética, pode-se alcançar um melhoramento genético no desempenho físico. Além disso, não há metodologias que possam detectar essa modalidade de doping, o que pode estimular o seu uso indiscriminado. Por isso a importância de abordar esse tema, já que os riscos e vantagens deste tipo de doping são desconhecidos. É papel, então, da comunidade acadêmica, científica, médica e da sociedade em geral discutir sobre essa modalidade de doping a fim de evitar o seu uso indiscriminado.

Palavras-chaves: Engenharia genética, terapia gênica e biologia molecular.

1. INTRODUÇÃO
A utilização de substâncias proibidas para aumentar o desempenho físico não é novidade e essa busca descontrolada, por um corpo perfeito e por resultados cada vez melhores pelos atletas de alto nível, fizeram com que as pessoas praticantes de esportes utilizassem substâncias proibidas para alcançar esse objetivo, porém hoje se sabe que todos esses métodos podem trazer além de benefícios momentâneos muitos riscos principalmente para a saúde de quem os utiliza (ARTIOLI et al., 2007, SILVA, 2012).
Sabendo disso o Código Mundial Antidoping relata que para ser considerado como doping, o atleta tem que utilizar substâncias