Principais temas debatidos em Durban
Isso porque diante da crise econômica que assola os Estados Unidos e a União Europeia as delegações não apresentam a força política para assumir compromissos que podem ser onerosos e impopulares.
A comitiva norte-americana, por exemplo, já afirmou que não assinará nenhum acordo climático e que também não pretende participar de Quioto mesmo se o tratado for prolongado. A posição é justificada com o argumento de que os países emergentes, China, Índia e Brasil, são grandes emissores de gases do efeito estufa e mesmo assim não são obrigados a ter metas. Dessa forma, empresas norte-americanas perderiam competitividade diante das companhias desses países.
Japoneses e russos também se negam a assinar a extensão de Quioto porque alegam que sem os EUA nenhuma política climática internacional faz sentido.
“Não vejo um acordo climático global antes de 2020. Acredito que o melhor caminho são medidas unilaterais sem necessidade da aprovação internacional. Cada país pode assumir compromissos maiores se fizer isso internamente”, declarou Todd Stern, chefe da delegação norte-americana.
Entretanto, pesquisadores afirmam que o mundo não pode contar apenas com a boa vontade de cada nação, pois o tempo para agir está acabando.
O Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC) divulgou recentemente que é certo que haverá um aumento da frequência e da magnitude das temperaturas diárias extremas em todo o planeta no decorrer do século 21 e que isso provocará eventos climáticos mais intensos e frequentes.
“Estamos perdendo tempo que deveria ser utilizado para minimizar as consequências das mudanças climáticas. Todos esses que estão