Principais concorentes da Vale
Roger Agnelli, presidente da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), mostrou mais uma vez por que é considerado o "iron man" do mercado mundial de mineração. Com nervos de aço, conduziu as negociações com acionistas, autoridades, trabalhadores e órgãos antitruste na América do Norte e na União Européia para fechar a compra da Inco, mineradora canadense de níquel, por US$ 18 bilhões.
No entanto, ao anunciar sua oferta, afirmou que a proposta da companhia era melhor do que as das concorrentes porque era totalmente em dinheiro e à vista. As outras duas empresas se propuseram a fazer parte do pagamento em ações.
Foi a maior aquisição já realizada por uma empresa com sede na América Latina, será a maior aquisição da história empresarial brasileira e colocará a Vale como a segunda maior mineradora do mundo. A Vale desbancou as concorrentes Phelps Dodge (EUA) e Teck Cominco (Canadá) e, com a incorporação da Inco, elevou seu valor de mercado para US$ 77 bilhões. Só perde para a australiana BHP-Billiton, avaliada em US$ 135,3 bilhões.
A Vale tornou-se, hoje, a maior empresa de mineração diversificada das Américas e a segunda maior do mundo.
É a maior produtora de minério de ferro do mundo e a segunda maior de níquel. A Vale destaca-se ainda na produção de manganês, cobre, carvão, cobalto, pelotas, ferroligas e alguns fertilizantes, como os fosfatados (TSP e DCP) e nitrogenados (ureia e amônia). O mercado e algumas agências internacionais de risco, no entanto, não gostaram, temendo o aumento do endividamento da companhia. Desde 1997, a Vale comprou seus principais concorrentes e investiu pesadamente em infra-estrutura para ganhar escala e se consolidar como um competidor global.
O maior grupo empresarial privado controla mais de 70 empresas, o que inclui ferrovias e terminais portuários para escoamento das 217 milhões de toneladas que exporta por ano (2006). O lucro líquido saltou de R$ 756 milhões em 1997 para