primeira estorias

416 palavras 2 páginas
O Espelho de Guimarães Rosa

No conto de mesmo título de Guimarães Rosa, parte integrante do livro Primeiras Estórias (2005), assim como no conto supracitado, os fatos são experiências do narrador. Neste, o narrador afirma que há os espelhos bons e maus, os que favorecem e os que traem, como por exemplo, as fotografias. “Os olhos, por enquanto, são a porta do engano; duvide deles, dos seus, não de mim”. O narrador faz analogia à mitologia de Narciso e Tirésias, quando este tem a premonição do que irá acontecer a Narciso. É para se ter medo dos espelhos!
Nosso interlocutor diz que, desde menino, sempre evitou os espelhos, pois acreditava que o reflexo de uma pessoa no espelho fosse a própria alma. A alma do espelho – esplêndida metáfora. Outros identificam a alma como a sombra do corpo. Quando alguém morria, era costume tapar os espelhos. Em rituais, os videntes a utilizam como a bola de cristal, utensílio de previsão de futuros fatos.
O narrador começa a explicar sua repulsa ao espelho, quando da ocasião de ver-se em dois espelhos, um em frente ao outro, e o reflexo ter-lhe causado espanto. Depois de perceber-se, começou a buscar-se, ou melhor, “o eu por detrás de mim”.
Guimarães cita os rituais e superstições com espelhos, no entanto, posteriormente nega que não pretende falar de “metempsicose ou teorias biogenéticas”, ou seja, não há interesse em discutir sobre transmigração da alma, de um corpo para outro corpo. Aborda temas espirituais, de bipolaridade luz/escuridão e a ioga, os exercícios espirituais de concentração.
A tentativa do narrador é retirar as arestas, abstrair o que não é importante ou desnecessário. Após esquecer sua investigação, por covardia como ele mesmo confessa, ficou menos inquieto. Um dia viu-se no espelho e não viu mais nada, não se viu, nem como homem, nem como reflexo dele. “Eu era-o transparente contemplador?” “Voltei a querer encarar-me. Nada... eu não via os meus olhos. Seria eu um... des-almado?”
O narrador fala com o leitor,

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