Prevalência e fatores associados ao consumo de medicamentos entre idosos em uma comunidade carente de Salvador, Bahia, Brasil

1491 palavras 6 páginas
INTRODUÇÃO

O processo de envelhecimento é marcado por uma elevada freqüência de doenças crônico-degenerativas e acompanhado por uma maior demanda pelos serviços de saúde e por medicamentos, predispondo os idosos aos riscos da prática de usar múltiplos fármacos e aos seus efeitos adversos3. Deve ser levado em consideração que inúmeras variáveis biológicas são alteradas com o passar dos anos e que estas influenciam de maneira profunda na farmacocinética e farmacodinâmica dos fármacos, aumentando a sensibilidade dos idosos tanto aos efeitos terapêuticos quanto adversos das drogas3,4. A medicação, quando usada de maneira racional, é uma importante ferramenta terapêutica na atenção a saúde do idoso, sendo em parte responsável pela melhoria da qualidade e expectativa de vida da população12,13. No Brasil, os estudos mostram que a prevalência de idosos que utilizam medicamentos varia muito entre as regiões, isto ocorre, segundo Rozenfeld5, 2003, devido às características particulares de cada estudo, às políticas sociais locais, a população estudada, os hábitos culturais, entre outros. Flores, Mengue17, 2005, observaram que em Porto Alegre 86% dos idosos pesquisados usavam fármacos, Loyola Filho, Uchoa, Lima-Costa6, 2006, verificaram que em Belo Horizonte o consumo foi de 72,1% e Dourado Arrais et al12, 2005, constataram em Fortaleza um consumo de 49,7%.

A automedicação é uma prática muito freqüente vivenciada por diversas civilizações de todos os tempos e quando inadequada pode ter como conseqüência efeitos indesejáveis, tais como, enfermidades iatrogênicas e mascarar doenças degenerativas20. Rozenfeld5, 2003, afirma que as taxas de automedicação entre os idosos parecem ser menores do que a população em geral e podem ser justificadas pelos baixos valores das aposentadorias e pensões e pela dificuldade deles aderirem aos tratamentos para doenças crônicas. No estudo de Mosegui et al18, 83,8% da medicação adquirida pelos idosos foi de forma prescrita.

Coelho

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