preto no branco

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Nos últimos anos, inúmeras comunidades negras rurais têm despontado no cenário político nacional, sendo identificadas como “remanescentes de quilombos”. Isso só foi possível devido às reivindicações propostas pelo artigo 68 da Constituição Federal de 1988, que garante aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o estado emitir-lhes os títulos respectivos. Todavia um número pequeno de comunidades tem conquistado a titulação de suas terras e continuam vivendo em pessímas condições, revelando em muitos casos populações com alto índice de analfabetismo e praticamente esquecidas pelo pode público.
Essas comunidades negras rurais têm sua origem no período escravista, por esse motivo tal discussão não pode nem deve fugir do campo da invisibilidade e da opressão, sobretudo se levarmos em consideração o histórico e a trajetória dos quilombos no Brasil, que sinalizam ainda traços do quilombo histórico fossilizado e senso comum, que tende a classificá-los como sendo um reduto de negros escravos fugidos e nada além, colocando-os numa posição e contexto um tanto negativo e limitado, frutos de um imaginário forjado durante mais de três séculos de escravidão no Brasil.
Existe uma discussão acerca das visões sobre os quilombos, levando em consideração que essas questões exercem forte influência até os dias atuais, dificultando desde o reconhecimento dessas comunidades enquanto quilombolas até a titulação de suas terras, bem como a implementação de políticas específicas para o seu desenvolvimento, neste caso uma política educacional voltada para seus valores, uma política que ressalte e valorize as especificidades dessas comunidades, que possuem dimensões sociais, políticas, culturais e históricas particulares. Nesse contexto, entendemos, pois que a promulgação da Lei Federal 10.639/03 que torna obrigatório o ensino da história da África e da cultura afro-brasileira na educação básica de todo

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