Presságio

394 palavras 2 páginas
Biografia.
Fernando António Nogueira Pessoa nasceu a 13 de Junho de 1888, em Lisboa.
É considerado um dos mais prestigiados poetas da literatura do século XX e da literatura portuguesa. Pessoa criou, ao longo dos anos, diferentes heterónimos que lhe permitiam expressar diferentes visões do mundo. Esplêndidas obras da literatura como “O Livro do Desassocego” e “Tabacaria” foram escritas sob a forma de Bernardo Soares, Álvaro de Campos, Alberto Caeiro ou Ricardo Reis. Fernando Pessoa acabou por morrer a 30 de Novembro de 1935, vítima de cólica hepática.

“Presságio – O Amor”

O AMOR, quando se revela, Não se sabe revelar. Sabe bem olhar p'ra ela, Mas não lhe sabe falar. Quem quer dizer o que sente Não sabe o que há de dizer. Fala: parece que mente... Cala: parece esquecer... Ah, mas se ela adivinhasse, Se pudesse ouvir o olhar, E se um olhar lhe bastasse P'ra saber que a estão a amar! Mas quem sente muito, cala; Quem quer dizer quanto sente Fica sem alma nem fala, Fica só, inteiramente! Mas se isto puder contar-lhe O que não lhe ouso contar, Já não terei que falar-lhe Porque lhe estou a falar...

Este magnifico poema, também conhecido como “O Amor”, foi publicado no dia 24 de Abril de 1928. Durante este período da sua vida, Pessoa foi colaborador da revista “Presença”.

Momentos a discutir.

“Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer.”

Com esta quadra, o autor pretende descrever as inquietações dos apaixonados que não sabem como reagir aos seus próprios sentimentos.
Se os sentimentos forem expressados, é corrido o risco de parecerem exagerados e desproporcionados mas se, por outro lado, os sentimentos não forem expostos, o amor parecerá falso aos olhos dos outros.
“Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar.”
Nesta quadra, Pessoa explica que o próprio poema é uma

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