Presidencialismo De Coaliz O

3724 palavras 15 páginas
“As Bases do Presidencialismo de Coalizão"
Para a dupla de autores, entretanto, o atual quadro não representa o vivido pelo país no passado, pois os poderes legislativos do presidente obtiveram ganhos expressivos e, ainda, as ferramentas legislativas à disposição dos líderes comandantes de partidos foram majoradas.
Ainda nesta linha de contraposição das duas realidades, o texto explicita que não se verifica indisciplina partidária suficiente para se conduzir a uma paralisia e que o Congresso Nacional não tem atuado como veto player institucional. E nas análises de dados, o que se denota é um Poder Executivo forte e um Congresso disposto à cooperação e à votação disciplinada tal como se vê na média de votação do plenário de acordo com a liderança, que chega a 89,4%. As taxas de aprovação das matérias apresentadas pelo Executivo, portanto, são elevadas.
Todo o questionamento, então, recai sobre as explicações para tal comportamento que se contrapõe às teses de que não deveria haver disciplina partidária no Congresso brasileiro. A argumentação vai conduzindo o texto e as respostas que surgirão estão ligadas a estratégias de cunho eleitoral. Os autores recorrem a Mainwaring, que explicita em seu texto a dificuldade dos governos de Sarney, Collor e Franco em realizar reformas e estabilizar o país “devido à combinação de um sistema partidário altamente fragmentado, partidos indisciplinados e federalismo (…) os presidentes enfrentaram problemas para superar a oposição no Congresso (…) eis porque a ausência de base majoritária confiável no Congresso apresentava problemas para a eficácia governamental”.
O texto vai, então, delineando como a capacidade de controlar a agenda, estruturar as maiorias partidárias, permitir o acesso à patronagem e disponibilizar recursos eleitorais minimizam as dificuldades de ação e ainda obtêm apoio partidário sólido. A relação entre Executivo e Legislativo vai atuar na esfera do jogo de poder entre presidentes com maior ou menor grau de

Relacionados

  • A arquitetura do golpe
    7678 palavras | 31 páginas