Preconceito linguístico

Preconceito linguístico, como o nome já diz, remete o julgamento desfavorável contra determinadas variedades linguísticas Esse interessantíssimo poema de Drummond aborda o tema da diferença entre a língua falada com tranquilidade pelos alunos e a língua escrita e normatizada ensinada nas escolas. O poeta dá testemunho de sua perturbação diante do "mistério" da língua escrita. Note como fica sugerido o confronto entre o universo solto da vida comum e o mundo do saber representado pela escola.
Verso 6 - Quando ele diz "na superfície estrelada das letras" está sugerindo o mistério das letras, ao mesmo tempo que a valoriza.
Verso 8 - Carlos Góis é autor de uma gramática da língua portuguesa.
Verso 10 - A expressão "amazonas de minha ignorância" é utilizada para exprimir a dimensão exagerada de seu desconhecimento.
Verso 11 - "Esquipáticas" - Esquisitas + antipáticas.
Verso 12 - Observe a sequência formada pelos verbos "atropelar", "aturdir" e sequestrar, que expressam o pânico que o aluno sente diante de tantos mistérios da língua escrita.
Versos 13-17 - As ações enumeradas pelo poeta revelam a facilidade de utilizar a língua como meio de comunicação do dia a dia.
Verso 18 - O verso final comprova a dúvida confessada nos versos 5, 6 e 7.
Desde pequenos entramos na escola para aprender a ler e a escrever, e com o passar do tempo vamos pegando as informações e conhecendo as regras gramaticais, algo que devemos levar para toda a vida. Há pessoas que gostam de ler, entendem o que leu e escrevem certo e tem aquelas que com a prática e a vivência são capazes de escrever um livro sem ao menos saber sobre as regras da escrita. O Brasil é um país dividido em regiões, como todos nós sabemos. Vamos pensar então em um objeto, por exemplo um cabide de roupa. É dada a esse objeto vária palavras com o mesmo significado. Como em uma região ele se chama esqueleto, em outra cruzeta, em outra ombreira, cabideiro e outras que podem ter por ai. Mas continua sendo o mesmo