Preconceito Linguístico
(Preconceito Linguístico de Marcos Bagno)
O foco do nosso estudo é falar sobre um tema que se faz presente em nossa sociedade: o preconceito linguístico. Mas, para compreender melhor o assunto abordado, começaremos conceituando, o que é preconceito? É uma ideia ou conceito preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude discriminatória perante pessoas, lugares ou tradições considerados diferentes ou "estranhos", e costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém, ou de um grupo social, ao que lhe é diferente.
O preconceito linguístico é encarado como sendo toda forma de falar ou de escrever diferente do que foi ensinado nas escolas ou do que está nas gramaticas e nos dicionários, sendo encarado por uma parcela da população como ignorância e burrice de um povo sem educação.
Porem, problemas na pronuncia de algumas palavras, a exemplo a troca do L pelo R, como em “pranta”, ocorre através do fenômeno fonológico, que é detectado nos primeiros anos de escola ou por pessoas já escolarizadas que tem esse tipo de dificuldade, podendo ser corrigida através de tratamento fonoaudiólogo.
Entretanto, esse não é o único motivo. Aí entra o contexto social, as pessoas que dizem “praça”, são em grande parte pertencentes a uma classe social desprivilegiada, sem acesso a educação de qualidade, por isso sua língua é vista por muitos como feia e grosseira, quando é apenas diferente da norma padrão. Sendo assim, o preconceito linguístico é decorrente do preconceito social, dando a ideia de que todos aqueles pertencentes a uma classe social menos desenvolvida falam tudo errado.
Dentro do preconceito linguístico há também o preconceito da fala característica de determinadas regiões. Um exemplo disso é a forma como a televisão mostra o retrato do nordestino, sempre interpretado como ignorante, burro e atrasado, usado como forma de piada para os demais personagens e os telespectadores, representando uma forma de