precoceito liguistico

2924 palavras 12 páginas
Introdução

A língua existe porque há seres humanos que a falam. O homem e a linguagem estão ligados pela necessidade que o ser humano tem de expressar as suas idéias de forma objetiva, utilizando a linguagem.
Comunicar-se não é algo que só podemos fazer utilizando a gramática, não é só falar “certo” ou “errado”, considerando alguns padrões lingüísticos. Falar é expor idéias com um determinado objetivo, pois o importante é interagir socialmente, lembrando que cada falante possui um tipo de realidade e conhecimento.
E não considerar o conhecimento do falante é cometer o erro de não levar em conta o contexto social, histórico em que ele vive, o que causa distorções, contribuindo, no caso do Brasil, para o preconceito lingüístico no país.
Para discutir esse tipo de preconceito que ocorre não pela falta de conhecimento de quem fala o português-não-padrão, mas pela falta de conhecimento de quem comete o preconceito, o artigo propõe uma reflexão comentando a valorização do português padrão, a pluralidade cultural do país o papel da escola na formação de um cidadão crítico com relação à sua língua e possíveis saídas para acabarmos com a ilusão da unidade lingüística no Brasil. Como base para essa reflexão temos algumas obras de Marcus Bagno (2002) e uma obra de Edgar Morin (2000).

Preconceito Lingüístico e Conhecimento

A principal causa para o preconceito lingüístico é: o mito da unidade lingüística no país, pois pensamos que o brasileiro não sabe falar português. Achamos que o português é muito difícil, que as pessoas têm pouca instrução falam tudo errado e que é preciso saber gramática para falar bem e dominar o português padrão.
O mito citado só favorece a variante padrão da nossa língua e reforça o preconceito com relação a outras variantes, pois sabemos que a linguagem pode ser utilizada como meio de discriminação. Muitos preconceitos são vinculados por meio dela, mas esse ponto que estamos tratando é do falante ser excluído por falar do modo que

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