Post Diab O Apagado

Me esqueço as vezes porque odeio os seres humanos. Me esqueço por um segundo porque desejo todos os dias da minha existência que essa raça de macacos seja destruída. Me esqueci por algum tempo porque desejo destroçar cada alma de cada um deles. Me esqueci por alguns momentos de todos os porquês, de todas as razões pelas quais eu causo a confusão e tenho prazer nisso.

Estava praticamente decidido a utilizar as almas que capturei e que elas seriam o bastante pra eu me "aposentar" deste mundo e seguir outro caminho. Finalmente me desligaria daquela raiva diuturna que tenho pelos homens e teria planos de poder como qualquer outra divindade. Mas não, ainda restava aquele... Os piores não são os hipócritas, os viciados, os enganadores, os criminosos, os pecadores e todos os outros já condenados. O macaco super-desenvolvido que mais me deu raiva foi aquele que conseguia ser tão ardiloso e tão ignorante que vivia eternamente detrás da mesma máscara. Havia rosto por detrás dela? Se sim, eu o deformaria, com toda a certeza.

Vivia aquele que chamarei de "tinta" como um rapaz qualquer. Trabalhava como qualquer outro ser humano normal, viajava nas férias, tinha família... Era o cotidiano que muitos reconheceriam como seu próprio. Dizia em alto e bom tom que era um rapaz estranho, que não gostava do acúmulo de pessoas, que vivia quieto em seu próprio mundo de desprazeres. Coincidentemente o Satanás como rei da mentira sabia reconhecer quando uma delas cheirava mal.

Detestava os homens porque enquanto corria clamando ser diferente dos demais, aquela "tinta" escorria pelas paredes do verdadeiro submundo urbano dos prazeres hedonísticos. Ele fazia trabalho parecido com o do próprio Diabo que acabara de encontrar. Audacioso, sabia dos bons homens e com sua boa aparência, inteligência e "esquisitices", enganava as pobres almas com golpes financeiros e tramóias infinitas. Era seu trabalho mas tinha um prazer imenso em tal feito.

Chegava em sua casa e cumprimentava sua família