POSICAO LIMITE DA LITERATURA EM GADDAMER

A posição limite da literatura

Segundo Gadamer (2002) há que se colocar em prova agora, igualmente, no exemplo de se saber, se o aspecto ontológico que temos elaborado até aqui se estende também ao modo de ser da literatura.
Aqui trata se do seguinte questionamento: o modo de ser da arte, também pode ser o modo de ser da literatura, isto é a maneira de interpretar, de compreender uma obra de arte é do mesmo modo da obra literária?
Assim ele responde afirmando que na literatura não há representação que pudesse reivindicar uma valência ôntica própria e que a leitura é um processo de pura interioridade.
Gadamer define a literatura como qualquer livro não somente daquele afamado pode-se dizer que é para todos e para ninguém. Pois literatura, como objecto da leitura, é efectivamente um fenómeno tardio, mas de modo algum, o seu carácter escrito enquanto tal. (ibid)
A literatura como objecto de leitura é um fenómeno tardio porque é necessário primeiramente fazer uma leitura, compreender e interpretar, enquanto que nas obras de arte não compreende todos esses passos, na medida em que basta olhar para as obras é possível compreender.
Gadamer afirma que:
A leitura pertence essencialmente à obra de arte literária bem como a declamação ou execução. Todos esses são graus, do que em geral se costuma chamar de reprodução, mas que na realidade, representa o modo de ser original de todas as artes transitórias e que se tornou transitórias e que se tornou exemplar para determinação do modo de ser da arte em geral. (Gadamer, 2002:258)
Aqui estão patentes aspectos comuns concernentes as artes e a literatura, é que de facto não trazem nenhuma novidade porque trata se da reprodução de algo vivido no nosso quotidiano.

É conhecido que Geothe foi o primeiro que cunhou o conceito da literatura universal na língua alemã, só que para ele o sentido normativo de um tal conceito era ainda plenamente evidente. Mesmo hoje em dia o conceito não se encontra morto de todo, pois que