Pos-moderno

A aglomeração recifense surgiu e cresceu em função da economia açucareira, com vistas ao mercado externo, desenvolvendo um sistema de “platation” desde a primeira metade do século XVI. A maioria dos bairros e das cidades que ao Recife se juntaram, formaram uma aglomeração que na sua maioria originaram-se de antigos engenhos de açúcar, como é o caso do Engenho São João, situado no bairro da Várzea. Esses engenhos se estendiam, até quatro décadas atrás, por áreas hoje inteiramente urbanizadas. Só depois de 1930 é que essas usinas foram encerrando suas atividades (ANDRADE, 1979).
A partir daí o espaço urbano do bairro da Várzea foi sendo organizado em função dos interesses e do processo de ocupação, dando margem a especializações funcionais que foram reforçadas e/ou transferidas para outras áreas, de acordo com o próprio processo evolutivo.
Assim observa-se que há uma dinâmica no processo de ocupação do espaço que se caracteriza, ao mesmo tempo, por um avanço da área urbana sobre a área rural e por uma constante modificação nas funções das várias partes do todo. E isso foi percebido na maioria dos engenhos utilizados para a cultura da cana de açúcar, pois essas áreas antes preservadas da urbanização, gradativamente foram sendo apropriadas pela cidade em expansão por empresas públicas e privadas. É o que aconteceu com o a implantação da Cidade Universitária em ampla área do Engenho do Meio, transferindo as velhas faculdades em sua maioria localizadas no bairro da Boa Vista, assim como a criação da própria Reitoria, as Casa dos Estudantes e mais recentemente o Hospital das Clínicas (ANDRADE, 1979).
A implantação dessas obras públicas e a transferência de funções do centro da cidade para esses novos bairros, deveriam ser acompanhadas da construção de habitações, de obras de urbanização e implantação de serviços que permitissem não só aos funcionários, como também as famílias que residem no local uma maior estruturação desses espaços.

REFERÊNCIA

ANDRADE,