portugues

456 palavras 2 páginas
Um lingüista um tanto irônico afirmou que as pessoas se dividem em dois grupos básicos, no que se refere ao domínio de seu idioma: os despreocupados e os aflitos. Os primeiros não têm consciência da linguagem que utilizam, ao passo que os outros, numa atenção constante, jamais deixam de se preocupar com a correção e a exatidão da língua que usam, consultando o dicionário e a gramática à menor dúvida que venham a ter.

Ao escolher uma profissão dentro do mundo jurídico, a pessoa se coloca automaticamente no grupo dos aflitos. Em Direito, você sabe, a linguagem é tudo. Ela é o único instrumento de que dispõe o advogado para tentar convencer, refutar, atacar ou defender-se, e é por meio dela que se concretizam as leis, as sentenças ou as mais ínfimas cláusulas de um contrato. É com a linguagem que os atores da cena judiciária pedem, respondem, explicam, narram, opinam, decidem. E não seria exagero afirmar que, sem linguagem, não há nem justiça, nem Direito.

Um dos objetivos deste livro é convencer você a escrever sempre de maneira clara e organizada, que permita ao leitor entender exatamente o que você está querendo dizer. Vamos demonstrar que não existe nenhuma razão prática que justifique a adoção do chamado “juridiquês”, aquele estilo vazio e pomposo, incompreensível tanto para leigos como para muitos especialistas. Não sugerimos deixar de lado os indispensáveis (e insubstituíveis) vocábulos técnicos da área jurídica, mas sim limitar seu emprego aos momentos em que esses termos realmente se fizerem necessários.

O mais importante, contudo, é que você se dê conta de que não basta apresentar seus argumentos de um modo que o leitor entenda. Elaborar textos claros e inteligíveis é requisito fundamental, mas não suficiente; o advogado também precisa tornar seu ponto de vista atraente, para que o leitor se convença de que é ele, e não o oponente, quem está do lado da razão e do Direito.

Neste livro, vamos chamar esta preocupação em persuadir de atitude

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