Portugu S

Mito nº6 – “O certo é falar assim porque se escreve assim”
Introdução: Existe forma certa para se falar? E para se escrever?
Existe um fenômeno chamado variação, ou seja, nenhuma língua é falada igualmente em todos os lugares.
Existe uma mania de quere ensinar as pessoas a falarem como se escreve, portanto, não há jeito correto de se falar, há jeito correto de se escrever.
É preciso escrever de acordo com a ortografia oficial, mas não usá-la para corrigir as pronúncias como erradas, portanto, que a forma de se falar não interfira na forma de se escrever.
Não existe nenhuma ortografia no mundo que consiga reproduzir a fala.
Exemplo: se você falar uma palavra com medo, não irá conseguir expressar esse sentimento no papel.
A forma de se pensar sobre a língua falada e a língua escrita precisa ser mudada.
A língua falada vem muito da cultura da família e das pessoas do seu convívio e é essencial para a sobrevivência.
A língua escrita tem regras fixas, necessita de treinamento exercícios e memorização.
Quando surgiu o estudo da gramática, na Antiguidade Clássica, o objetivo era investigar as regras da língua escrita para conservar as formas corretas da língua literária.
Infelizmente, as regras da língua literária começaram a ser cobradas da língua falada, o que é um grande erro.
Os livros didáticos querem impor a gramática tradicional, onde a língua oral é desprezada, e a única forma legitima de se falar e escrever seja a língua literária.
Exemplo: uma pessoa que não sabe escrever pode saber falar. A fala veio muito antes da escrita
Os autores de livros escolares não distinguem a ortografai da fonética, ou seja, as regras da língua escrita e os fenômenos da língua falada.
Exemplo: as palavras com ditongo: ameixa, caixa, peixe quando faladas com outras pronuncias e levadas para a escrita, acabam anulando a regra do ditongo: “amêxa”, “caxa”, “pêxe”.
Conclusão: Toda a forma de falar é certa, não é necessário pronunciar as palavras como escritas, porém escreve-las de