Por uma outra educacao
Aspectos V e VI
Assunto
Escola
O primeiro exercício é reflexão sobre as dificuldades de escolarização no bojo do conceito de estilo. As crianças se tornam fracassadas escolares a partir do modo como a escola aborda, ataca, nega e desqualifica o degrau, a diferença social, o desencontro de linguagens entre as crianças de extração pobre, de um lado, e a escola comprometida com outras extrações sociais, de outro.
Aluno
Cristina dá um exemplo: crianças com traços obsessivos podem ter no adiamento características marcante de seu modo de pensar e de estudar. No entanto, no bojo do discurso social da rapidez, que bane a lentidão e a reflexão, elas serão “alunos lentos” com certeza atropelados. Estão dadas as condições para a apatia e o desinteresse pela escola.
Professor
Penso que “as modificações sofridas por um grupo podem provocar modificações em outros grupos da instituição, sem que esses outros tenham sido tocados ou mencionados”, pois, “se há mudanças em um grupo de professores, essas mudanças poderão transbordar para o grupo de crianças, sem que tenham sido dados conselhos, orientações, ou sem que os professores tenham tido “consciência” da necessidade de mudança”. No segundo exercício, sobre a relação professor-aluno, o ponto crucial é o lugar do professor como transmissor de conhecimento, dimensão que, ao contrário do que pode parecer, não passa em branco na leitura kupferiana da educação escolar.
Aprendizagem
Educação para o futuro propõe escolas cada vez menores, descentralizadas e ligadas ao bairro, para que o professor possa ver seus alunos como sujeitos. Só assim haverá ensino e não apenas instrução, já esquecida na primeira esquina; só assim a educação poderá começar a sair do beco em que se meteu ao aderir a concepções afinadas com os valores que dominam num mundo em que cada vez mais se quer administrar o corpo e a mente como se fossem objetos dóceis a qualquer forma de manipulação.