Por uma Geografia Nova

Milton Santos – Por uma Geografia Nova (cap. 15- O Espaço Total de Nossos Dias)

primeira parte na íntegra:

“Todas as tentativas de explicar o espaço subtraíram praticamente o problema chave de sua produção, a grande exceção vindo de H. Lefebvre (1973). Ora a própria prática da produção é fundamental ao processo de produção do conhecimento humano e “[..] os conceitos mais fundamentais e mais abstratos originam-se no contexto do processo do trabalho”, como nos diz Bela Fogarassa (1965, pp. 88-111).

O paralelismo, entre, de um lado, a criação dos meios de produção, o processo produtivo subseqüente e, de outro lado, a produção e transformação do espaço impõe que o método seja aplicado prioritariamente à geografia.“

Tentando suprir uma falha de abordagem na explicação do espaço, o autor coloca em foco o “paralelismo” entre o processo produtivo,e a transformação do espaço. Além disso, aproveita para justificar a existência e validez da Geografia.

colocando o texto em palavras conhecidas…digerindo texto…

O homem tem a natureza como suporte biológico, utiliza-se dela para suprir suas necessidades. A partir do momento em que desenvolve consciência e cria instrumentos para otimizar este suprimento, começa, também, a modificar a natureza ao redor, através de seu trabalho.

“produzir significa tirar da natureza os elementos indispensáveis à reprodução da vida”

A produção implica a utilização dos meios e das técnicas desenvolvidas e depende da cooperação entre os homens para alcançar um objetivo preestabelecido. Assim, acontece a transformação de “homem animal” à “homem social”.

Nesta altura do texto, Milton Santos diz: “Nenhuma produção, por mais simples que seja, pode ser feita sem que se disponha de meios de trabalho, sem vida em sociedade, sem divisão do trabalho.“ Em destaque roxo, o que me chama atenção para uma dúvida que é mais fruto de falta de exemplos: será mesmo que nenhuma produção pode ser feita sem ter divisão do trabalho? Ou a falta